Concupiscências Mundanas - Resposta
Concupiscências Mundanas
Comentário Anônimo
Ótimo
esclarecimento para quem deseja viver sob os ensinamentos de Deus.
Tenho uma crítica em relação ao texto. Claramente pode-se perceber o domínio da língua portuguesa pelo autor, mas acredito que a Palavra de Deus deva ser simples, para que alcance a todos.
Tenho uma crítica em relação ao texto. Claramente pode-se perceber o domínio da língua portuguesa pelo autor, mas acredito que a Palavra de Deus deva ser simples, para que alcance a todos.
Também gostaria de esclarecer uma dúvida: Se
esporte aflora a concupiscência mundana pois estimula a prática das piores
características humanas, os seguidores de Deus não podem realizar concursos
públicos?
Adianto
que respeito o seu ponto de vista, mas no meu humilde entendimento,
concupiscência mundana se manifesta nos esportes de outras maneiras, como
através da idolatria de ídolos, cobiça ao dinheiro e fama, festas mundanas,
etc. e não através da prática deles em si. Creio que podemos competir, até
porque todo dom do homem é dado por Deus, mas devemos nos abster de todo
sentimento que está em desacordo com as Escrituras Sagradas. É possível competir sem enganar, sem
trapacear, sem cobiçar o alheio, aceitar nossas derrotas e ficar feliz com a
felicidade do próximo, porque se assim não fosse possível, nenhum humano
conseguiria viver aqui e ser abençoado por Deus.
Particularmente
não estimulo um torcedor de futebol a ser torcedor de futebol, não só pelas
práticas mundanas cometidas nos estádios e afins, mas também pelas questões e interesses político-financeiros
que envolvem o tema e historicamente evidenciam as artimanhas dos poderosos
visando lucro próprio e pobreza da população (que nada mais é que a personificação
de Satanás).
Mesmo assim, discordo da sua visão porque somos humanos e fazemos coisas lícitas e estimuladas pelo Evangelho que não concebemos ver Jesus fazendo, como sexo entre uma esposa e seu marido. Jesus é o filho perfeito de Deus e é único. Jamais imaginaria ele jogando futebol, mas isso não torna a prática esportiva um pecado.
Mesmo assim, discordo da sua visão porque somos humanos e fazemos coisas lícitas e estimuladas pelo Evangelho que não concebemos ver Jesus fazendo, como sexo entre uma esposa e seu marido. Jesus é o filho perfeito de Deus e é único. Jamais imaginaria ele jogando futebol, mas isso não torna a prática esportiva um pecado.
É evidente
que a linha é tênue, mas encaro como uma prova divina manter-se no equilíbrio.
Vaidade é pecado, luxúria é pecado, gula é pecado, mas pentear o cabelo não é,
sexo entre marido e mulher não é, comer algumas bolachas com chá no café da
manhã não é, pois não causam idolatria. O pecado surge quando uma prática se torna idolatria e
assim acabamos por negligenciar a Deus. Obviamente não penso em Deus o tempo
inteiro sem parar, até porque procuro um momento adequado e respeitoso para
falar com Ele e não, por exemplo, quando faço minhas necessidades fisiológicas
ou estou tendo intimidades com meu marido, porque acho que é o mínimo que devo
fazer. O problema é quando coloco práticas e pensamentos na frente
d'Ele.
Agradeço pelas palavras e passagens bíblicas finais, elas me orientaram em como pedir pela luz de Deus a um irmão desorientado.
Agradeço pelas palavras e passagens bíblicas finais, elas me orientaram em como pedir pela luz de Deus a um irmão desorientado.
Resposta do Blog
Agradeço
por sua participação.
Tenho
aprendido com as observações que me são apresentadas. Aliás, obtém-se
crescimento intelectual, ou aceitando uma nova ideia, ou aperfeiçoando a já
estabelecida, empós uma reflexão sobre uma ideia contraposta.
Como
eu replicaria os pontos que se mostraram conflitantes, embora outrossim eu
respeite veementemente seu ponto de vista acerca do assunto? Vejamos.
“Também gostaria de esclarecer uma dúvida: Se
esporte aflora a concupiscência mundana pois estimula a prática das piores
características humanas, os seguidores de Deus não podem realizar concursos
públicos?” Há uma gritante diferença
entre o esporte, seja ele qual for, e o concurso público, qual seja: o próprio
desiderato, ou seja, a própria concupiscência. Creio que já mencionei que os
nossos vocábulos concupiscência, ambição, desejo, cobiça possuem praticamente a
mesma raiz – EPITHUMIA. Como também já narrei, toda EPITHUMIA vem acompanhada
de um adjetivo ou de uma locução adjetiva. Eis por que não devemos analisar tal
palavra solta do seu contexto, porquanto seu sentido não é mau em si mesmo. O
objeto em que recai a EPITHUMIA é a chave. É ele que a
qualifica em boa ou má. No 10º mandamento não temos somente: NÃO
COBIÇARÁS. Antes, é anunciado o
que não se deve cobiçar. Corroborando com tal entendimento, o apóstolo Paulo
nos diz: “ora, estas coisas nos foram feitas para exemplo, a fim de que
não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.” I Coríntios 10:6. Destaquemos: NÃO COBICEMOS AS COISAS MÁS. A concupiscência que nos move a fazer um concurso público
não está relacionada ao dolo de vencer um oponente; o que se pretende é
alcançar o valor mínimo estabelecido para aprovação. Não estaremos lutando para
vencer um concorrente, mas para alcançar uma pontuação pré-estabelecida. Ou
estaria eu condenando alguém ao fracasso, porque me empenho em meus estudos? O
trabalho [lícito] é e sempre será uma bênção; ele vem de Deus. E há trabalho
que exige legitimamente a realização de um concurso público. Não estou
competindo com ninguém. O último lugar ou mesmo a reserva técnica me será
agradável, desde que eu esteja entre os classificados. Quem não atingiu a
pontuação requerida, não pode culpar quem atingiu. Essa responsabilidade recai
sobre si mesmo. Nunca ouvi ninguém declarar para outro, por não ter obtido a
aprovação: você me derrotou! E não é o que vemos numa prática desportiva. A
concupiscência agregada ao futebol, ou qualquer outro esporte que o valha,
manifesta-se de relance. E por quê? Porque há um cordão umbilical que os une. Ninguém
precisa explicar para os concorrentes e torcedores que espírito eles precisam
desenvolver ali, ainda que afastada a violência. Todos desejam voltar para suas
casas com a vitória, e esta SÓ PODE ocorrer com a superação
direta e voluntária do seu próximo, o que não acontece com o concurso público.
“É possível competir sem enganar, sem
trapacear, sem cobiçar o alheio, aceitar nossas derrotas e ficar feliz com a
felicidade do próximo, porque se assim não fosse possível, nenhum humano
conseguiria viver aqui e ser abençoado por Deus.” Irmã, quiçá lhe seja
desconhecida a natureza da palavra COMPETIÇÃO. Ela nunca foi bem-vinda
ao reino de Deus. Esse vocábulo não existia no céu, até um anjo se rebelar e
decidir impô-lo aos seus demais conservos celestiais. Em Gálatas
5:20 encontramos a palavra ERITHEIA.
Comumente ela é empregada para representar duas coisas: estímulo e rivalidade.
Sinceramente eu nunca ouvi um sermão explicando essas duas palavras (epithumia e eritheia) nem a sua semântica no mundo cristão. EPITHUMIA
e ERITHEIA
são, na linguagem matemática, INCÓGNITAS. Ninguém comenta, muito
pouco se sabe, e por tal azo, não há nenhum alerta, durante nossa jornada ao
céu, sobre o uso daquilo que lhes representa neste mundo.
EMULAÇÃO. A irmã
já ouviu falar sobre esse termo? Se sim, está de parabéns, pois das pessoas que
foram por mim inquiridas, acredite, 100% delas disseram não saber e/ou não
recordam de tê-la ouvido ou lido. Isso é estarrecedor! Não a insipiência delas,
mas o descompromisso dos seus líderes religiosos. E eles são os representantes
do Grande Pastor! Afinal, estamos numa batalha ferocíssima! O jejum de 40 dias
de Cristo é a prova disso. Por que tão severo preparo, se a luta não fosse tão
séria e grave? A palavra EMULAÇÃO está escrita em Gálatas
5:20. Ela vem da palavra ERITHEIA. No verso retro citado, seu
significado não é outro: competição, rivalidade, ambição EGOÍSTA. E o apóstolo
adverte: “os que cometem tais coisas”, inclusa a ERITHEIA, “NÃO HERDARÃO o Reino de Deus.”
Gálatas 5:21. Insisto: nesse
rol de obras infames está a ERITHEIA, ou melhor, a competição.
Será que isso não está claro? Não há a mínima possibilidade, irmã, com todos os
respeitos, de segregarmos a competição do engano, da trapaça, da superação, pois
ela tem esse fim, irrefragável e primordialmente. Conseguiríamos um ou outro, mas não
todos. E a mesma impossibilidade se estende para a tentativa de afastarmos a
competição de um esporte qualquer. E infelizmente a semântica não permite a
aplicação desse verbo sem a sua essência: RIVALIDADE. Não é aleatório que Deus
decrete a incompatibilidade de Seu caráter com a ERITHEIA, no enunciado
bíblico: “se alguém quiser ser O PRIMEIRO, será O
DERRADEIRO de todos”.
Marcos 9:35. Estaria esse
princípio em comunhão com a competição? Por mais inocência que possamos
atribuir ao seu significado, a resposta é desenganadamente NÃO. O futebol, como
outro qualquer esporte, surgiu para fins da satisfação dos prazeres mundanos. E
não é diferente hoje. Se a concupiscência mundana não fosse tão malévola, o
apóstolo Pedro a ela não se referiria desta forma: “Amados,
peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das
concupiscências carnais, QUE COMBATEM CONTRA A ALMA.” I Pedro 2:11. E se alguém disser: “ah, mas ele está falando de concupiscência da carne...”,
infelizmente demonstrará não saber do que está falando, pois não há
concupiscência carnal sem a concupiscência mundana. Noutro falar: a
concupiscência mundana e a concupiscência carnal são concêntricas. A primeira é
o círculo maior; a segunda está contida na primeira. “Porque TUDO O QUE HÁ
NO MUNDO, a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é
do Pai, mas do mundo. E O MUNDO
passa, e A SUA CONCUPISCÊNCIA...” I João 2:16. Primeiro o apóstolo subdivide a concupiscência
mundana, depois a generaliza. Outra pessoa poderia se manifestar: “irmão, ele está falando das concupiscências
que combatem contra a alma, não de todas.” Indago: há alguma diferença
entre as frases a seguir? 1. Abstenhai-vos das concupiscências carnais, QUE
COMBATEM CONTRA A ALMA; 2. Abstenhai-vos das concupiscências carnais QUE
COMBATEM CONTRA A ALMA. Parece bobagem, irmã, mas existe uma grande
diferença entre elas, embora a aparência não revele. A vírgula posta depois da
palavra “carnais”, na primeira frase,
indica que se trata de uma oração adjetiva EXPLICATIVA; já a segunda, RESTRITIVA.
A explicativa envolve TODOS da categoria mencionada, sem
exceção; a restritiva, ela restringe, discrimina UMA PARTE do todo. O texto de
I Pedro 2:11 contém a oração
adjetiva EXPLICATIVA. Logo, o apóstolo arrolou TODAS as concupiscências
da carne. Não restou uma sequer.
Quando
dizemos: “se Jesus estivesse em nosso
lugar, o que Ele faria?” Pare para refletir, irmã! O que se pretende
realmente afirmar com essa indagação? Que Jesus poderia ser um motorista de
caminhão? Ou um marido que pode ter relações com sua mulher? Ou algum
presidente da república? Seria isso mesmo? Será que a lei de Deus sofre com
alguma alteração social ou se vê incapaz de acompanhar a evolução
sócio-cultural da humanidade? Deus nos concede em Seu livro instrução para
tudo. Ele não é pego de surpresa. Não surgiu nada neste planeta que Seus mandamentos
não o tenham alcançado.
Jesus
não casou, porque o plano da salvação não incluía essa parte. Isso seria
totalmente desnecessário, todavia se excluirmos Cristo desse cenário, Ele
jamais poderia ser o segundo Adão. Jamais seria o modelo completo. Ele é o
recomeço da humanidade. Ele assumiu o lugar de todos: motorista de caminhão,
presidente da república, solteiros e casados. Se Ele foi chamado de modelo,
como limitar o alcance dessa intenção? A palavra de Deus não deixa dúvida: “onde o
pecado abundou, SUPERABUNDOU a graça.” Romanos 5:20. Há algum pecado que não tenha sido aí
referenciado? Claro que não. Então é possível, sim, eu fazer a pergunta “e se Cristo estivesse em meu lugar?”
Minhas ações devem ser balizadas por Seu viver. E a relação sexual entre marido
e mulher deixará de ser aferida por Deus? De modo algum. Nem toda relação
sexual, só por estar no âmbito do casamento, é abençoada! E um homem ou uma
mulher pode meditar sobre algum ato sexual ou um comportamento durante o mesmo,
e perguntar a si mesmo se Cristo o praticaria ou não? Mais que evidente. Não é
o ato em si, mas o princípio que o rege. Há pureza? Há santidade? Pense nisso!
O pecado surge quando uma prática se torna
idolatria e assim acabamos por negligenciar a Deus. Como associar essa assertiva com o verso: tudo
que não provém de fé é pecado, consoante Romanos 14:23? Para ficar mais compreensível a minha pergunta,
trago à baila um episódio pitoresco. Davi resolveu levar a arca do Senhor de
Geba para um lugar adequado. Uzá e Aiô, filhos do sacerdote Abinadabe, guiavam
o carro novo. Aconteceu que os bois tropeçaram e a arca pendeu. Então, dizem as
Escrituras Sagradas, que Uzá estendeu a mão e segurou a arca. E o texto sagrado
prossegue: “Então, a ira do SENHOR se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu
ali por esta imprudência; e morreu ali junto à arca de Deus.” II Samuel 6:7. Ora, teria sido uma atitude idolátrica a que
foi esboçada por Uzá? Ele praticou alguma má ação?
Pense
bem! Quando falamos em idolatria, podemos ignorar o dolo, a intenção?
Certamente que não. O pecado tem um conceito bem mais simples, sem qualquer
complexidade ou fórmula científica. Se o que fizermos, seja o que for,
constituir DIFERENÇA DE CARÁTER em relação a Deus, isso é
pecado. Noutro falar: o meu agir deve ser o agir de Deus. Compare esses versos:
Tiago 2:9 e II
Crônicas 19:7! Por que o
apóstolo Tiago afirma que fazer acepção de pessoas é pecado? Porque Deus não
pratica tal ato. Só por isso. E estamos falando do universo moral. Se Deus não
faz acepção de pessoas, eu não posso fazê-lo; se Deus não pronuncia palavras
torpes, eu não posso pronunciá-las, e assim por diante. E reitero: não nos
prendamos a atos, simplesmente, mas sobretudo aos princípios que os regem. Deus
quer ver o âmago desses atos, mas que sejam atos por Ele aprovados. Por
exemplo: eu posso me decidir não fazer acepção de pessoas. Indago: essa
abstinência agrada a Deus? A resposta que logo vem à mente é SIM,
quando deveríamos responder: DEPENDE. Depende de quê? Da condição
espiritual do adorador. É nele que Deus está interessado e não na oferta, pois
esta é um fruto, tão somente. Em face da salvação alcançada em Cristo, Paulo
elege a algo sem importância toda a sua conduta irrepreensível quando era
fariseu. Assim, sua vida irrepreensível, rigorosa aos olhos de uma lei, não
agradava a Deus, pois o apóstolo ainda não havia sido transformado por Deus. “TUDO o que não provém de fé É PECADO.” Romanos 14:23. Entrementes, quando sofreu a transformação de
caráter efetuada pelo Espírito Santo, Este passou a habitar no apóstolo, e daí
por diante o viver do apóstolo era paulatinamente semelhante ao de Cristo. Agora,
sim, seus atos são agradáveis a Deus, pois são frutos do Espírito Santo. Eis
porque declarou: “e vivo, NÃO MAIS EU, mas
Cristo vive em mim.” Gálatas
2:20. O objetivo do evangelho é RECRIAR
espiritualmente o homem pelo milagre da regeneração e da renovação promovida
pelo Espírito Santo, para que, deste modo, Ele possa habitar no homem e, por
Sua presença, Cristo fazer morada no seio da nova criatura. Os frutos, agora
vistos nesse novo ser, não são mais os antigos, provenientes da sua vã maneira
de viver, mas os frutos do Espírito Santo que nele habita. A vida dessa nova
pessoa agrada a Deus.
“... devemos nos abster de todo sentimento que
está em desacordo com as Escrituras Sagradas.” A emulação é um desses sentimentos dos quais devemos nos abster,
irmã, porquanto está inelutavelmente em desacordo com as Escrituras Sagradas. Tal
impulso psicológico é declarado por Deus como um atributo que não DEVE
ser visto naquele que professa ser um seguidor Seu.
Obviamente não penso em Deus o tempo inteiro sem
parar, até porque procuro um momento adequado e respeitoso para falar com Ele e
não, por exemplo, quando faço minhas necessidades fisiológicas ou estou tendo
intimidades com meu marido, porque acho que é o mínimo que devo fazer.
Irmã,
veja estes versos: “Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência,
para as coisas que já temos ouvido, para que, EM TEMPO
ALGUM, nos desviemos delas.” Hebreus 2:1.
“Tenho posto o SENHOR CONTINUAMENTE diante
de mim; por isso que ele está à minha mão direita, nunca vacilarei.” Salmo 16:8. Então, não há folga pra ninguém, isto é, da
hora que acordamos até dormirmos novamente, não há um espaço temporal sequer no
qual possamos dizer que estamos livres da tentação.
Eis
mais uma pergunta: em que momento devemos atender ao conselho do apóstolo
Pedro, a saber, “sede sóbrios, VIGIAI, porque
o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a
quem possa tragar”? I Pedro
5:8. E como devemos vigiar, irmã?
Essas perguntas nos obrigam a refletir e amadurecer as ideias. Vamos ler o
texto abaixo e dele extrair alguns ensinamentos:
“REVESTI-VOS DE TODA A ARMADURA DE DEUS, para
que possais estar firmes contra AS ASTUTAS CILADAS DO DIABO; porque
não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados,
contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as
hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a
armadura de Deus, para que possais resistir NO DIA MAU e,
havendo feito tudo, ficar firmes. ESTAI, POIS, FIRMES, tendo
cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e
calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo
da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai
também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, ORANDO EM
TODO TEMPO com toda oração e súplica no Espírito e VIGIANDO
NISSO COM TODA PERSEVERANÇA e súplica por todos os santos...” Efésios 6:11 a 18.
O
que podemos aduzir com base no texto acima? Façamos as perguntas, então:
1.
Em que momento
devemos nos revestir de toda a armadura de Deus?
2.
Sabendo que as
astutas ciladas do diabo ocorrem no dia mau, conforme o verso, poderíamos
antever esse dia?
3.
Durante quanto
tempo devemos manter essa firmeza, levantada pelo apóstolo?
4.
A expressão EM
TODO TEMPO constituiria a mesma ideia apresentada em I
Tessalonicenses 5:17 – SEM
CESSAR?
5.
A perseverante
vigilância poderia ser dispensada em algum momento da nossa vida?
E o que dizer de Filipenses
4:8? Aqui está: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o
que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo
o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, NISSO PENSAI.”
Há algum espaço vazio deixado pelo autor sagrado? Acredito que não. Quando
deixamos de pensar? Noutra versão, diz: SEJA
ISSO
QUE
OCUPE
O
VOSSO PENSAMENTO.
Será que nas ensanchas em que
eu preciso atender às minhas necessidades o diabo não irá me assaltar com suas
mais severas tentações? Deus sabe, irmã, que, pelo fato de eu precisar de Sua
ajuda em momentos como esse, não é a mesma coisa de eu Lhe oferecer um culto,
sem ter me asseado devidamente empós um congraçamento conjugal. Este culto não
é por Ele aceito; aquela oração, sim.
“... mas acredito que a Palavra de Deus deva ser
simples, para que alcance a todos.” A
linguagem por mim empregada está longe de ser comparada com os escritos de
Paulo. Não me reporto ao nível espiritual, não, mas ao grau de hermeticidade. O
que escrevo está aquém disso. Contudo, o que diria Pedro, aludindo aos escritos
do apóstolo dos gentios? Lemos: “Pelo que, amados, aguardando estas
coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz e
tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como também o nosso amado
irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, falando disto,
como em todas as suas epístolas, ENTRE AS
QUAIS HÁ PONTOS DIFÍCEIS DE ENTENDER, que os indoutos e inconstantes
torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.” II Pedro
3:14 a 16. O próprio Pedro achou que alguns
escritos de Paulo eram difíceis de entender! Será que o Espírito Santo não
sabia que os escritos de Paulo teriam essa característica? Claro que sim. E por
que Ele não orientou o apóstolo a escrever de um modo mais simples, ao alcance
de todos?
Existem passagens bíblicas que são distorcidas pela maioria
devido à linguagem rebuscada, ao uso de figuras de linguagem, como hipérbato,
zeugma, sínquise, anástrofe, silepse, etc.. O próprio Salvador empregava
parábolas! Numa certa ocasião, Sua mensagem foi tão complexa que quase todos os
Seus discípulos O deixaram. Então, qual seria o motivo? Este que está ocorrendo
agora, irmã: O CONTATO. Não é
para tornar o céu difícil que haja passagens bíblicas de compreensão obscura,
mas para medir o interesse de cada um. Só quem recebia explicação das parábolas
eram aqueles que tinham interesse em compreendê-las, buscando as respostas do
próprio Mestre. “... o que BUSCA”,
disse Cristo, “ENCONTRA.” Mateus 7:8.
Alguns que decidem estudar o Santo Livro, cedo desistem,
afirmando que é muito complicada a linguagem bíblica; outros, forçam a
interpretação de acordo com o seu parecer e caem na desgraça narrada pelo
apóstolo Pedro; já outros, perseguem a resposta até achá-la; estes não
descansam, salvo quando de Deus obtém a revelação.
Jesus é o filho perfeito de Deus e é único. Sobre esse tema, deixarei para uma outra
oportunidade, uma vez que ele é extenso e carece de muito cuidado!
Espero ter contribuído, irmã!
Que Deus a abençoe ricamente!
Leia Mais